quarta-feira, setembro 28, 2011

QUEIMADOS EM FOCO; Setembro 2011...



*** Trabalho de campo, dentro patamar de pesquisa.
Somente trabalho de campo, não sendo pesquisa oficial de instituto...

1º Etapa ( Resultado parcial)
# Ainda estamos contabilizando e fazendo levantamentos...
Qual foi o Melhor Prefeito de Queimados?

Max Lemos:44%

Rogério do Salão:20%

Azair:14%

NS:14%
NR:8%
*Jorge Pereira não entrou na lista...
Como você avalia o Governo Max Lemos?

Bom: 48%
Regular:32%
Ruim:13%
NS:4%
NR:3%

Em Quem pretende votar o Eleitor Queimadense Para Prefeito nas Eleições 2012? (# Espontâneo; sem apresentar lista de nomes)...

Max Lemos: 13%
Rogério Salão: 4%
Zaqueu Teixeira: 3%
DR JORGE: 2%
Azair: 2%
Careca 1%
Gonzaga de Macedo 1%
Ismael Lopes 1%


Em quem você pretende votar Para prefeito em 2012? ( # Foi apresentado lista com nomes)

Max Lemos: 43%

Rogério Salão: 21%
Zaqueu Teixeira: 12%

Careca: 3%

Outros:3%
NR: 3%
NS:15%

Você pretende trocar seu voto?

Talvez:9%
Não: 32%
S Escândalos: 42%
NR: 4%
NS:13%

Para você quem vai vencer as eleições?

Max Lemos: 57%

Rogério Salão: 26%

Zaqueu Teixeira: 7%

NR:2%
NS:8%


Quem é a maior liderança da Baixada Fluminense?

Garotinho: 19%

Crivela: 14%

Cabral: 12%

Lindinberg Farias: 9%


Wagner Montes: 9%


Zito: 5%

Max Lemos: 4%

NR: 8%
NS:20%



Quem vai fazer diferença nas eleições municipais na Baixada Fluminense?

Garotinho: 11%

Crivela: 6%

Cabral: 6%

Lindinberg Farias: 5%


Wagner Montes: 7%


Zito: 1%

Lula: 31%

Dilma: 14%

Outros: 4%
NR: 4%
NS:11%

Qual o melhor partido da Baixada Fluminense?

PMDB; 11%
PR: 8%
PDT: 6%
PT: 4%
Outros:4%
NR: 8%
NS:59%



Eleições municipais entre Max e Rogério do Salão como candidatos mas expressivos.

MAX Lemos: 46%

Rogério do Salão: 32%

NR: 5%
NS: 17% *****


Tendência de votos dos indecisos ( ******)

17% Distribuídos Entre:

MAX Lemos: 5%

Rogério Salão: 5%

NS: 7%
NR:5%

MAX Lemos: 51%

Rogério Salão: 37%

terça-feira, setembro 06, 2011

Trabalho de campo encerra a primeira fase do "Encontros & Conexões"

O sábado amanheceu friorento e nublado, mas os participantes da primeira fase do Encontros & Conexões não se incomodaram com isso. A grande maioria estava reunida, pontualmente às 7:30h da manhã e, bastante animados, logo tomou assento em um dos ônibus, disponibilizados pela Secretaria Municipal de Educação de Queimados (SEMED-Queimados) para o evento.
Por volta das 8h, os ônibus saíram da Praça dos Eucaliptos, rumo a nossa primeira parada: a Fazenda São Bernardino. Lá, muito além das fotos tiradas nas ruínas, o grupo aprendeu um pouco mais sobre a História de Iguassu e a necessidade de preservação dos lugares de Memória da região. A Fazenda São Bernardino foi construída por ordem de Bernardino José de Souza e Mello, representante da aristocracia agrário-comercial de Iguassu, na segunda metade do século XIX.

Hoje, infelizmente, bem pouco sobrou de suas estruturas. Apesar do tombamento, em 1951, o conjunto da fazenda vem sofrendo dilapidações sistemáticas durante todos esses anos: os constantes saques, um incêndio e o desgaste natural têm posto em risco um dos poucos prédios históricos que ainda subsistem na região. Outra ameaça que merece nossa atenção é a construção do Arco Rodoviário, que passará a poucos metros da sede da fazenda e, inevitavelmente, destruirá a alameda de palmeiras imperiais, que ligava a entrada da propriedade à Casa Grande.
Chamando a atenção sobre esses e outros aspectos, os professores Manoel Ricardo Simões e Nielson Bezerra discorreram sobre a dinâmica da ocupação humana na região e a multiplicidade de relações estabelecidas no seio da sociedade iguaçuana dos séculos XVII, XVIII e XIX. O assunto suscitou a curiosidade de vários cursistas, empenhados em compreender um pouco mais sobre a História do seu lugar de origem e visualizar a Iguassu em que o comendador Bernardino José viveu... Da fazenda, seguimos rumo à, outrora, sede da Freguesia de Iguassu. Como ressaltaram os professores Nielson e Manoel: é difícil imaginar como um lugar, hoje abandonado, foi no passado, o agitado centro de uma vila. Da matriz de Nossa Senhora da Piedade de Iguassu, em torno da qual a vila se desenvolveu, sobrou apenas a torre sineira e o cemitério anexo, ainda em atividade. Do outro lado, ainda podemos observar as ruínas do abandonado cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Os ritos religiosos ocupavam um lugar de destaque na mentalidade dos homens e mulheres dos séculos XVII, XVIII e XIX. Na Vila de Iguassu não era diferente! Sobre isso, o professor Nielson fez interessantes colocações a respeito da relação de brancos e negros, livres ou não, com essa religiosidade.


De lá, seguimos até Tinguá, onde foi citada a importância da Estrada de Ferro Rio d'Ouro, aberta para facilitar o abastecimento de água do Rio de Janeiro. Os trilhos dessa ferrovia não mais existem, porém, a estação, a caixa d'água e vários outros sinais desse tempo ainda subsistem em torno da praça central do local. No discurso dos professores, a preocupação com a preservação do Patrimônio Histórico e Natural, uma vez que o Tinguá é mais uma Reserva Biológica ameaçada pelo crescimento urbano desordenado e a especulação imobiliária. A exuberante natureza, combinada com os ecos de um passado não tão distante compõem uma paisagem magnífica. Entretanto, precisávamos seguir em frente...
Assim, nosso trabalho de campo prosseguiu pelo areal, na antiga Estrada das Escravas, atravessando o município de Belford Roxo, rumo a Duque de Caxias. No trajeto, mais sinais do descaso e abandono: verificamos vários "braços" do Rio Iguassu com alto grau de poluição. Em mais uma fala do professor Nielson, ele chamou a atenção para o fato de que a Fazenda de Iguassu ou de São Bento (que o grupo iria visitar na sequência) estendia seus domínios da sede (em Duque de Caxias) até aquele sítio. O grupo, apesar de ver despontar os primeiros sinais de cansaço, continuava viajando no tempo, imaginando como teriam sido todos aqueles lugares, há séculos atrás...
Os professores reunidos: da esquerda para a direita, Péricles,
Claudia Costa, Manoel Simões, Nielson Bezerra,
Antônio Augusto e Nilson Henrique.

Chegando ao São Bento, bairro da cidade de Duque de Caxias, seguimos para a sede da fazenda dos beneditinos. Fomos recepcionados pelo professor Antônio Augusto e, após almoço, os cursistas visitaram uma exposição sobre o Patrimônio Histórico Material e Imaterial de Duque de Caxias, cuja preservação é objeto da luta do Centro de Referência Patrimonial e Histórica (CRPH). Visitamos a Capela e a sede da Fazenda de São Bento, bem como a sede do Museu Vivo do São Bento, o primeiro museu de percurso da região. Dando continuidade a nossa visita, fomos até o sítio arqueológico dos sambaquis, uma das paradas obrigatórias para quem visita o Museu Vivo.
Além dos amontoados de conchas, característicos desse tipo de sítio arqueológico, a presença de três fósseis humanos (um homem e uma mulher, junto à criança) que, devido à precariedade de recursos para sua preservação, encontram-se envolvidos em camada de gesso para que não se deteriorem no tempo. Destacamos que, tal ocupação humana é bem anterior aos Tupinambás, uma das várias tribos indígenas encontrada nesse território, quando da chegada dos portugueses! Assim, os participantes do projeto, mais uma vez, tiveram um exemplo de como a riqueza cultural da nossa terra é imensa, porém, ameaçada constantemente pela insensibilidade ou mesmo descaso do poder público... 
Já passava das 16h, quando saímos, rumo à última etapa de nossa atividade de campo: a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, ainda em Duque de Caxias. Anoitecia rapidamente e, a despeito do cansaço, muito lamentou-se não termos podido seguir até Magé, e visitarmos a antiga estação de Guia de Pacobaíba. São muitas as riquezas culturais espalhadas ou mesmo escondidas pela Baixada Fluminense e, um dia só, não seria mesmo suficiente para conhecer todas elas...